Sentir-se cansado após um dia intenso de trabalho, noites mal dormidas ou períodos de estresse é algo normal. O corpo e a mente precisam de descanso para se recuperar. No entanto, quando o cansaço se torna persistente, não melhora com o repouso e começa a interferir na rotina, pode ser um sinal de que algo mais sério está acontecendo.

Neste artigo, vamos destacar alguns sintomas que merecem atenção e que podem indicar a necessidade de procurar ajuda médica.

Atenção: este conteúdo é apenas informativo e não substitui uma consulta com um profissional de saúde. Se perceber algo diferente no seu corpo, mesmo que não esteja mencionado aqui, procure um médico.

Quando o cansaço é preocupante?

O cansaço, em si, é uma resposta natural do corpo ao esforço. Porém, quando ele passa a ser constante e sem causa aparente, é importante investigar. O sintoma pode ter origem física, emocional ou médica.

Perda de peso inexplicada

Detalhe de um par de pés em cima de uma balança
Imagem: Liudmila Chernetska/iStock

Emagrecer sem fazer dieta ou mudar a rotina de exercícios é um alerta importante. Essa perda de peso pode indicar problemas metabólicos, como diabetes e hipertireoidismo, ou até doenças mais graves, como câncer e infecções crônicas. 

Quando o corpo gasta mais energia do que o habitual para compensar uma alteração interna, ele consome reservas de gordura e massa muscular, resultando em perda de peso involuntária.

Febre e mal-estar constante

Homem doente com febre, mede a temperatura e toca a testa deitado na cama. / Crédito: Prostock-studio (Shutterstock/reprodução)

Uma febre leve, que vai e volta, pode passar sem grande alarde, mas quando se torna recorrente, é sinal de que o organismo está reagindo a algo. Isso pode ser sinal de uma infecção, uma doença autoimune ou até uma inflamação crônica. 

Se vier acompanhada de cansaço, dores musculares e fraqueza, é fundamental procurar um médico para investigar causas como tuberculose, mononucleose, lúpus ou até problemas na tireoide.

Dores musculares ou articulares persistentes

Homem cansado bocejando enquanto dirige seu carro
Imagem: Kleber Cordeiro/Shutterstock

Dores no corpo que não melhoram com o descanso ou com analgésicos comuns podem indicar doenças como fibromialgia, artrite reumatoide ou lúpus. 

Nessas condições, o sistema imunológico atua de forma desregulada, atacando tecidos saudáveis e provocando inflamações. Além da fadiga, é comum sentir rigidez nas articulações e dor difusa, que impacta o sono e a disposição.

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Dificuldade de concentração e lapsos de memória

Mulher jovem cansada e exausta esconde os olhos com a mão enquanto usa o laptop à noite.
Mulher jovem cansada e exausta esconde os olhos com a mão enquanto usa o laptop à noite. / Crédito: Aleksey Boyko (Shutterstock)

A mente cansada pode ser resultado de sobrecarga mental, ansiedade ou depressão. No entanto, quando os lapsos de memória e a falta de foco persistem, pode haver algo mais profundo, como distúrbios hormonais ou problemas neurológicos. 

A deficiência de vitaminas, especialmente B12 e D, também está relacionada à lentidão cognitiva e à fadiga mental.

Alterações de apetite e irritabilidade

Imagem: New Africa/Shutterstock

Oscilações de humor e apetite podem parecer consequência de estresse, mas também podem estar associadas a desequilíbrios hormonais, distúrbios da tireoide ou depressão. 

O hipotireoidismo, por exemplo, desacelera o metabolismo, provocando cansaço, ganho de peso e apatia. Já o hipertireoidismo acelera o organismo, gerando irritabilidade, insônia e fadiga.

Fraqueza e falta de energia

Mulher cansada sentada no chão
Mulher cansada sentada no chão / Crédito: fizkes (Shutterstock)

A fraqueza constante pode ser sintoma de anemia, deficiência de ferro ou problemas cardíacos e pulmonares. Quando o sangue não transporta oxigênio de forma eficiente, o corpo entra em estado de alerta, gerando fadiga extrema mesmo após pequenas atividades.

A apneia do sono, por exemplo, impede o descanso reparador, resultando em exaustão diurna e falta de disposição.

Causas emocionais e estilo de vida

Homens e mulheres idosos felizes se exercitando com as mãos nos quadris durante a aula de exercícios no centro de reabilitação
Estudo divulgou que exercícios físicos regulares melhoram sobrevida e controlam o câncer de cólon/Shutterstock_Robert Kneschke

Nem sempre a causa é física. O estresse crônico, a ansiedade e a depressão estão entre as principais origens de fadiga persistente. Quando o corpo vive em alerta constante, libera hormônios como o cortisol, que afetam o sono e o equilíbrio metabólico. 

Além disso, a rotina moderna, marcada por excesso de telas, alimentação irregular e falta de pausas, também contribui para o esgotamento físico e mental.

Quando procurar um médico

Imagem: fizkes/Shutterstock

Na maioria dos casos, o cansaço pode ser reduzido com mudanças simples de hábitos, como manter uma rotina regular de sono, praticar atividades físicas moderadas, adotar uma alimentação equilibrada e rica em vitaminas, hidratar-se adequadamente, cuidar da saúde mental e reservar momentos para descanso e lazer.

No entanto, é importante procurar um clínico geral quando o cansaço persiste por mais de duas semanas, não melhora com o descanso, é intenso e sem causa aparente ou vem acompanhado de sintomas como febre, perda de peso ou alterações de humor.

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